quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

A Chegada dos Imigrantes

Por volta de 1887, as primeiras famílias de imigrantes italianos penetraram nas matas virgens, habitadas por índios tupis-guaranis onde se estabeleceram nas linhas Frei Caneca e, Independência, formando-se assim o núcleo urbano que teve como nome Monte Vêneto, em homenagem à região de Vêneto na Itália onde eram procedentes. Aproximadamente 600 famílias se estabeleceram nos lotes rurais (colônias) que correspondiam de 25 ha. ou 30 ha. As linhas que ainda hoje demarcam o município são as linhas: Júlio de Castilhos, Júlio de Oliveira, Frei Caneca, Independência, Brasil, Rio Grande do Sul, Tamandaré, Álvaro Chaves, Floriano Peixoto, 14 de Julho, Sete de Setembro, Conselheiro Rebouças e Carlos Gomes.


Bandeira da Itália
Bandeira da Polônia 
Bandeira da Alemanha
Imagem de Nossa Senhora da Saúde -
 Localizada no interior da Igreja Matriz de Cotiporã
Cooperativa de Lacticínios: Trabalho e Progresso
(acervo municipal de turismo e cultura)
Produtos fabricados no frigoríficos A Sul Americana
(Acervo Municipal de Turismo e Cultura)
Funcionários do frigorífico A Sul Americana
(Acervo Municipal de Turismo e Cultura)
Cooperativa de Aguardente Farroupilha
(Acervo Municipal de Turismo e Cultura)
Irmãs em frente ao Hospital
(Acervo Municipal de Turismo e Cultura)   
Atual Hotel Dal Molin
Povo cotiporanense em frente ao Monte Vêneto Palace
(Acervo Municipal de Turismo e Cultura)
Escola Estadual 1º e 2º  Grau Professor Jacintho Silva
(Acervo Municipal de Turismo e Cultura)
As famílias polonesas foram estabelecidas nos lotes rurais da Linha 14 de Júlio, onde receberam as piores terras do município, todos eram praticantes da religião católica. As famílias dos poloneses foram aumentando e também na busca de terras melhores, migraram para outras regiões do estado. A imigração alemã não foi tão significativa a respeito de Cotiporã estabeleceram junto aos imigrantes italianos, na linha Júlio de Castilhos.
Monte Vêneto pertencia a Alfredo Chaves, conhecida como Veranópolis que era distrito de Lagoa Vermelha. 
Em 1889 era doado terreno por José Della Pasqua e Fracisco Tres para a construção da capela de Nossa Senhora da Saúde.
 Foi criada então em dezembro de 1892 a Freguesia de Monte Vêneto, e em 1893 foi nomeado e tomou posse da igreja Nossa Senhora da Saúde Padre Fortunato Odorizzi (1893-1898), primeiro pároco de Cotiporã este que fundou e organizou o Curato. Construiu também a primeira e rudimentar canônica, erguida ao lado da Igreja Matriz.
Aos 28 de outubro de 1895, o Curato recebeu três sinos de Boshna, Alemanha, e desde então repicam festivos.
A escolha definitiva do título da Padroeira, com a denominação: "La Virgine Della Salute Di Monte Vêneto", ocorreu em 23 de agosto de 1896. Escolha essa realizada democraticamente, através do sufrágio universal.  
Nos seus cinco anos de curato, Dom Fortunato Odorizzi, criou as primeiras capelas interurbanas, foram fundadas as primeiras comunidades de Santo Antônio de Pádua, São José, Nossa Senhora Auxiliadora, São Marcos e São Brás. Em 1897, na Linha Júlio de Oliveira, foi fundada a primeira igreja de Nossa Senhora das Graças que depois foi transferida para a Fazenda Zanette, atualmente Distrito de Lajeado Bonito.
Com 79 anos, Dom Fortunato Odorizzi falece e é sepultado no cemitério da Igreja Matriz, seus restos mortais foram transferidos para o interior da Igreja, onde permanecem até hoje.
Com quase todo o seu território povoado outras capelas foram surgindo, assim formando pequenos núcleos sociais, tornando-se ponto de referência religioso, cultural e social para os imigrantes que chegavam.
Em 12 de maio de 1899, os moradores da Linha Júlio de Castilhos, criaram a Aula Pública, onde o Professor Eduardo Duarte abriu a escola, que teve início na educação no território de Cotiporã, outras comunidades também abriram pequenas escolas, que funcionava na casa de alguma família ou em pequenas construções em madeira, normalmente junto a igreja e cemitério. Nessas escolas se ensinavam a matemática, língua portuguesa e italiana.
Sucedeu o Padre Fortunatto Odorizzi o Padre Giorgio Rivola (1900-1904), italiano, que permaneceu no curato por quatro anos. Após foi confiado a Congregação dos padres Carlistas de Monsenhor Scalabrini. Esta congregação enviou o Padre Eugênio Medicheschi (1904-1921) onde permaneceu por 16 anos.
Padre Eugênio Medicheschi direcionou suas atividades no fomento agrícola e agroindustrial, abriu indústrias e promoveu o comércio local. Foi o Padre Eugênio Medicheschi que se animou a construir uma nova igreja Matriz, construída em estilo gótico e romano, é considerada hoje uma das mais belas e majestosas igrejas da colonização italiana.
Com a presença ainda do Padre Eugênio Medicheschi, a população viu surgir a primeira cooperativa de laticínios do Brasil, a Cooperativa Trabalho e Progresso.
Muitos imigrantes de outras regiões vizinhas buscavam se estabelecer nessa promissora vila, isto impulsionou o melhoramento de estradas, construção de casas confortáveis e também a instalação de energia elétrica bem como a iluminação pública, conforto que era raro no Brasil naquela época.
Em 05 de maio de 1916, o Padre Eugênio Medicheschi fez com que surgisse o grande frigorífico A Sul Americana formado pelos senhores Giuseppe Della Pasqua, Guido Duvina, Pietro Breda, Giuseppe Zanetti, Pietro Soccol e pelo próprio idealizador, Dom Eugênio Medicheschi.
O frigorífico A Sul Americana, principal gerador de recursos financeiros com um pequeno número de operários, produzia presuntos, salames, osso coles, mortadelas, etc.



O Padre Eugênio Medicheschi por questões políticas, já que não se eximia das mesmas, entregou a administração do Curato ao seu sucessor Padre Giovani Ginochio. Tal fato ocasionou um certo mal estar na comunidade o então Cura, Padre Giovani Ginochio (1921-1922) vinha nesse período se empenhando junto ao arcebispo de Porto Alegre para transformar o Curato em Paróquia, o que realmente ocorreu em oito de abril de 1921. O Padre Giovani foi depois sucedido pelo Padre José Chiappa (1923-1926), iniciador da nova casa canônica, e sucedido pelo Padre David Angelli.
Neste período o então frigorífico considerado o “Pai dos frigoríficos do Brasil”, A sul Americana em seu crescimento vertiginoso demonstrava sua potência em números. No ano de 1924 a  fábrica possuía mais de 100 funcionários e abatia mensalmente o considerável número de 13.585 suínos e 1.456 bovinos (dados retirados do livro de registros da empresa, conservados até hoje). A importância da A Sul Americana para a região mereceu a visita do governador do estado. Em 19 de março de 1929, Sr. Getúlio Vargas comemorou seu aniversário durante todo dia com a comunidade de Monte Vêneto.
Na ocasião o presidente Sr. Getúlio Vargas autorizou o tiro de guerra nº320. O potencial da A Sul Americana podia ser visto através da sua superprodução e exportação, entre os países importadores citam-se a Inglaterra, Bélgica e países de América do sul.
A economia do então distrito girava entorno do frigorífico A Sul Americana, os agricultores dedicando-se fortemente a criação de suínos e o núcleo urbano trabalhando na industrialização desta matéria prima.
Em 1931 David Angelli, construiu a atual torre junto à igreja e a inaugurou.
Em meio a este crescimento populacional, sentia-se necessidade de haver um local onde a população pudesse buscar atendimento médico-hospitalar.
Depois dos esforços de um grupo da comunidade liderado por Sr. Guido Duvina, pelo médico Paulo Panatto, incentivados pelo Pe. David Angelli foi criado primeira diretoria do hospital, presidida por Sr. Gersino de Souza, e através de doações da comunidade e um terreno doado pelo Sr. Augusto Mânica, a construção do hospital foi viabilizada, chamando-se Hospital Nossa Senhora da Saúde. Em 1934, aconteceu a inauguração, contando a presença de ilustres convidados como o do Sr. Osvaldo Aranha, representante do governo do Estado.
Em meio a tanto desenvolvimento surgia junto a Sul Americana uma pequena fábrica de embalagens de madeira do Sr. João Zardo Sobrinho, que originou a primeira fábrica de esquadrias de madeiras nobres. O conhecido modelo de janelas aprimorado por João Zardo, inovando com as janelas de correr. Esta vocação moveleira permanece até hoje produzindo com requinte, atendendo todo o MERCOSUL.
Nessa mesma década desperta também em Monte Vêneto a vocação para a ourivesaria, tendo o início com o Sr. Achiles Guindani. Na década de 40 seu filho Sauro Cipriano Guindani seguia sua vocação e moldava a Indústria e Comércio de Joias Guindani, posteriormente é acompanhado pelos seus irmãos Clemente e Ari. Os descendentes da família Guindani, ainda hoje comandam esta indústria, nacionalmente conhecida.
Em 1935 foi criada a Cooperativa de Aguardente Farroupilha, que reunia vários fabricantes de cachaça do interior, que traziam seu produto final para a sede da cooperativa onde era engarrafado e comercializado em toda a região.


Em 1936, Padre Davi Angelli foi sucedido pelo Padre Bruno Páris (1936-1937), logo Padre Vitório Lorenzi (1937-1937), este construiu um salão paroquial de madeira, após tomou posse o Padre Aneto Bogni (1939-1942), o último vigário carlista da paróquia.
Com uma população de aproximadamente oito mil habitantes e com o vertiginoso crescimento econômico, em 31 de março de 1938, o Decreto nº 7199 elevou a categoria de Vila, o povoado de Monte Vêneto.
Durante a Segunda Guerra Mundial, no ano de 1939 o Decreto nº 7842 de 20 de junho forçou a comunidade a mudar o nome de Monte Vêneto para Cotiporã. Que se origina do tupi-guarani, “coti”, que significa canto, lado, aposento e “porã”, bonito. Seu significado, portanto, é lugar bonito, região bonita ou moradia bonita, justificado pelas suas belezas naturais.
Em 1939 com a extinção do Tiro de Guerra nº 320, os praticantes do esporte futebol, jovens solteiros herdaram um jogo de camisetas do antigo regimento e estabeleceram a base pra o Sport Club Juvenil.
Após a mudança de nome para Cotiporã, o Clero secular recebeu o comando, e perdura até hoje, da Paróquia Nossa Senhora da Saúde.O primeiro pároco secular foi Padre Rui Lorenzzi (1942-1949).
Em 1941, com a preocupação com a educação das crianças, foi criado o Grupo Escolar, onde funcionaram turmas até oficial de 1990. Muito conhecido da década de 40, o professor José Mauro.
Em 1943 a sociedade possuidora do hospital Nossa Senhora da Saúde, resolveu doar o mesmo à Mitra Diocesana de Caxias do Sul, que deveria arcar com as dívidas. A transição só foi concretizada em 08 de julho de 1944, quando o bispo Dom José Barea assumiu realmente o compromisso de fazer a casa de saúde funcionar. Em 04 de agosto de 1944 chegaram a Cotiporã acompanhadas pela fundadora Madre Clara Maria, as Irmãs Franciscanas da Congregação de Nossa Senhora Aparecida, para trabalhar no hospital a convite do Bispo José Barea. Por mais 50 anos esta congregação esteve ativa no município de Cotiporã, até o hospital ser arrendado ao Hospital Tachini de Bento Gonçalves (2001).
Atualmente, ainda vivem algumas irmãs da Congregação Nossa Senhora Aparecida em uma humilde casa, onde prestam sua assistência junto aos idosos da comunidade.
Sucedeu o Padre Rui Lorenzi o Padre João Pedro Meneguzzo (1949-1953).
Na década de 40, por questões administrativas o Frigorífico A Sul Americana atravessou sucessivas crises, tendo trocado de proprietários por diversas vezes. Por fim A Sul Americana, tornou-se uma simples filial dos Frigoríficos Nacionais Sul Brasileiros S. A.
Com um clima saudável e com grande desenvolvimento, Cotiporã despertou também sua vocação para o veraneio. Foi na década de 50 que surgiu o atual Hotel Dal Molin.
Em 1957, não havendo mais interesse dos Frigoríficos Nacionais Sul Brasileiros S. A. pela filial de Cotiporã é feito um acordo coletivo, na Justiça do Trabalho com todos os operários, encerrando as atividades do maior gerador de riquezas do município de Veranópolis e região.
Cotiporã passou por série crise econômica, tanto no meio urbano como rural. Muitos migraram para outras localidades em busca de trabalho. Os que permaneceram  no município foram absorvidos pela Indústria e Comércio de Joias Guindani já alicerçada o suficiente para suprir a lacuna do A Sul Americana.
O Pe. Olívio Bertuol (1953-1964), sucessor do Pe. João Pedro, amigo do Governador Leonel Brisola, construiu em 1958 com ajuda do mesmo, um moderno e grandioso Salão Paroquial, o Monte Vêneto Palace, projetado com quatro andares, abrigando cinema, salão de festas e cancha de bochas. Hoje, o cinema cedeu um lugar a um restaurante e a uma pista de boliche e sede do círculo Operário Cotiporanense.      
Sucedeu o Pe. Olivio Bertuol, o Pe. Fábio Piazza (1964 – 1973), este deu início em todas as capelas a construção de modernos e espaçosos salões comunitários de alvenaria, em substituição às acanhadas e velhas sedes sociais de madeira das comunidades interioranas.
No ano de 1965, os bens do “Pai dos Frigoríficos do Brasil” como era conhecido o “A Sul Americana”, são vendidos pelos Irmãos Iderich (diretores da S.A.)  aos senhores Olimpio Dal Magro, Lauro Schoeler, Rudi Braz Goerch e Arestides Severino Zanette. Em 1977 o complexo frigorífico  foi comprado pelo Sr. Adolfo Dal Molin, ficando inativo até 1997 quando a partir desta data, agrega-se o valor arquitetônico à atividade turística que reinicia no município hoje importante fator de economia em Cotiporã.
Tomou posse frente à paróquia Pe. Marcelino Rizzon (1973-1982), este construiu a atual Casa Canônica e derrubou algumas igrejas sem considerar o valor arquitetônico, histórico e cultural das mesmas, e dar lugar à novas capelas de pouca beleza arquitetônica.
Em 1977, a Escola Estadual que já funcionava em dois prédios,  um próprio e outro cedido pela Indústria e comércio de Joias Guindani, passou a denominar-se Escola Estadual de 1º Grau Professor Jacintho Silva em homenagem a um professor que lecionara, em Veranópolis e Fagundes Varela.
Em 10 de abril de 1981 foi fundado oficialmente o Centro de Tradições Gaúchas Pousada dos Carreteiros com o intuito de cultuar a tradição e os costumes gaúchos. O CTG Pousada dos Carreteiros já escreveu longa e bela história para os tradicionalistas de Cotiporã e região.
No seu primeiro ano à Paróquia Nossa Senhora da Saúde de Cotiporã, Padre Feliz Bridi (1982-1993), testemunhou a emancipação política desta comunidade. A maioridade de Cotiporã iniciou em 09 de maio de 1982 quando 89%a população decidiu através de plebiscito, ser independente. Cotiporã conquistou sua emancipação política. Foram líderes na emancipação os senhores: Henrique Bregamin, Eraldo Fellini, Dalmo Luiz Scussel, Victorino Dal Molin, Vilmar da Rosa, Norberto Paludo, Adolfo Dal Molin, Alfredo Cioffi e Orfeu Merlo, entre outros.
Em 1º de janeiro de 1983 foi instalado o município de Cotiporã, adotando Legislação Básica do município mãe, Veranópolis.


Fonte: livro ainda não publicado, “Cotiporã e sua história”, de autoria do Professor Ambrósio Giacomini e Dalmo Scussel.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Síntese Histórica de Cotiporã

O município de Cotiporã localiza-se na Encosta Superior do Nordeste do Estado do Rio Grande do Sul, à 600 metros acima do nível do mar, com uma área de 172,38Km². Região Serrana de clima subtropical, distante 158Km da capital do Estado, Porto Alegre.
O limnociclo da região de Cotiporã compreendem o rio das Antas e o Rio Carreiro e seus afluentes, o arroio Vicente Rosa, Retiro, Leão, Sapato, Sapatinho, Arroio Inferno e diversos córregos.
A formação rochosa origina-se de derrames basálticos na era mesozoica, período cretáceo, a aproximadamente 136 milhões de anos.
A textura da rocha caracterizada por uma granulação fina com aspecto maciço. Entre os minerais associados às rochas vulcânicas da formação Serra Geral, à qual pertence esta região, destacam-se o quartzo, feldspato e mica, entre outras.
A unidade de mapeamento do solo de Cotiporã é o Ciríaco-Charrua, ou seja, solos ciríacos associados aos solos charruas. É classificado como brunizem avermelhado, raso, de textura argilosa, relevo forte ondulado e tem como substrato, o basalto.
No início a área de Cotiporã era quase toda coberta com florestas de pinheiros. Com a chegada dos imigrantes esta cobertura foi diminuindo gradativamente sendo substituído por pastagens e plantações restando pouco mais de 15% da cobertura original. Mas, nas décadas de 60 e 70 a mata voltou a crescer consideravelmente, devido ao êxodo rural.
A flora era composta pelas seguintes espécies, o pinheiro (araucária), canela, erva-mate, cambuís, pinho, bracatingas, guamirins, camboatás, araçás e outros.
Quanto à fauna, infelizmente não são mais encontradas certas espécies de animais, pois deixaram de existir no município. Restam ainda alguns exemplares de antas, tamanduás, queixadas e leões baios. Outras espécies em menor número se proliferam como é o caso dos tucanos e lontras.
Sua ocupação populacional deveu-se aos imigrantes Italianos (Vicentinos, Trevisanos e Belunenses) na sua maioria, mas também importante contribuição de famílias polonesas, alemãs e do elemento negro.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Introdução à História



Vila de Monte Vêneto, início de Cotiporã
(Acervo da Secretaria Municipal de Turismo e Cultura - Foto  Parise)
Pedroso (1999) afirma que: "Um povo que não tem raízes acaba se perdendo no meio da multidão. São exatamente nossas raízes culturais, familiares, sociais, que nos distinguem dos demais e nos dão uma identidade de povo, nação".
O conhecimento das raízes culturais de um grupo social é essencial para a formação da identidade, projetando o cidadão e a sociedade que se quer.
É muito importante para nós jovens conhecer e preservar as raízes culturais de nosso povo.
O resgate documental dos relatos de Cotiporã originou a criação de um blog, para que neste mundo virtual, nossa história fique à disposição para ser acessada nesta “aldeia global” em que vivemos.
Município de Cotiporã Atualmente
(Acervo da Secretaria Municipal de Turismo e Cultura)
História de um lugar chamado Cotiporã, que em tupi guarani significa “Lugar Bonito”. Colonizado primeiramente por imigrantes italianos, que formaram um pequeno núcleo ao qual deram o nome de Monte Vêneto. É necessário que conheçamos nossas origens, para poder compreender as transformações pelas quais a cultura de um povo tem passado ao longo do tempo. Comumente ouve-se dizer que “quem vive de passado é museu”, porém acreditamos ser preciso conhecer o passado para viver o presente e o futuro.